Economia Circular do Azeite foi o tema da conferência realizada esta sexta-feira, à tarde, na XV OlivoMoura.
Álvaro Azedo, Presidente da Câmara Municipal de Moura, realçou a importância do aproveitamento dos subprodutos agrícolas para a sustentabilidade da economia e da região.
Jorge Pulido Valente, Vice-Presidente da CCDRA, destacou que o desenvolvimento da economia circular no Alentejo, como a pioneira a nível nacional, terá a sede no Laboratório Nacional do Instituto Politécnico de Portalegre, mas com “pólos por todo o território”. No caso do Baixo Alentejo, um dos pólos será ficara sediado no Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-Alimentar do Alentejo (CEBAL), com sede em Beja.
O Fórum da “Economia Circular” conta já com mais de 70 entidades públicas e privadas, onde se pode destacar o Instituto Politécnico de Beja (IPB) e a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL),
O caso da refinaria de Fortes Novas, em Ferreira do Alentejo, também foi referenciado na conferência. Jorge Pulido Valente deixou a nota que “brevemente” haverá uma reunião com o Ministro do Ambiente com o objectivo de encontrar soluções para o problema que afecta a população daquela aldeia.
Bruno Magalhães, do ISQ, apresentou resultados do projecto de Economia Circular nas áreas da Vinha, Olival e Suinicultura. Este responsável afirmou que o Alentejo tem o maior número de suínos a nível nacional, no entanto as empresas transformadoras ainda são poucas.
Ficou esclarecido neste fórum que o Alentejo é a segunda região produtora de vinho, sendo apenas ultrapassada pelo Douro.
José Velez, da Direcção Regional da Agricultura e Pescas do Alentejo (DRAP), salientou o aumento da produção de azeite e azeitona desde o início do século XXI. “Nos próximos anos, só no território do EFMA (Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva), teremos 40 mil novos hectares de olival e podemos aumentar até 100 mil toneladas de azeite/ano”. Recorde-se que o país produzia apenas 35 mil toneladas/ano há menos de 2 décadas.