Depois do presidente da Câmara de Beja ter contestado a inclusão do seu município no conjunto de sete concelhos que não avançam para a próxima fase de desconfinamento, a Direção-Geral da Saúde procedeu a uma retificação da incidência, neste concelho, para o período de 31 de março a 13 de abril de 2021.
Nesse sentido, a DGS afirma que a incidência cumulativa a 14 dias, no período referido, é de 107 casos por 100 000 habitantes e não acima dos 120 casos, como inicialmente tinha avançado.
Após o primeiro-ministro ter anunciado, ontem, que Beja não avançava para a terceira fase de desconfinamento, Paulo Arsénio, presidente da autarquia, considerou que “não fazia o menor sentido” travar o desconfinamento naquele município”, tendo refutado a taxa de incidência acima de mais de 120 casos de Covid-19 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias que lhe foi atribuída.
O autarca exigiu que “a DGS explicasse onde é que foi buscar este número que, de facto, vai muito para além dos novos casos [de covid-19] que foram comunicados à Câmara Municipal de Beja, nos últimos 14 dias”.
Segundo os cálculos do autarca, Beja teve uma incidência de “101 casos por 100 mil habitantes” entre os dias 01 e 14 de abril, pelo que existe “a perceção clara” de que, “do ponto de vista matemático”, o concelho está abaixo do limite de 120 casos por 100 mil habitantes.
A DGS acaba por voltar a trás e dar razão “às contas” feitas pelo município de Beja, o que significa que a partir da próxima segunda-feira, dia 19, este concelho avança no desconfinamento.