O Governo tem aprovada a Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais. Desta forma pretende “reduzir a dependência externa e consolidar e aumentar as áreas de produção”.
O Governo quer “atingir, num horizonte de 5 anos, um grau de auto-aprovisionamento em cereais de cerca de 40% (correspondendo 80% ao arroz, 50% ao milho e 20% aos cereais praganosos, trigo, cevada, aveia…”, anuncia o Ministério da Agricultura.
A Estratégia Nacional foi elaborada pelo Grupo de Trabalho dos Cereais, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, integrando a Associação Nacional de Produtores de Cereais, a Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo e a Associação de Orizicultores de Portugal.
De acordo com o diagnóstico do Grupo de Trabalho, “a superfície ocupada com cereais correspondia, no final dos anos 80, a cerca de 900 mil hectares, aproximadamente 10% do território nacional, tendo diminuído para 257 mil hectares em 2016”.
“Os níveis de auto-aprovisionamento apresentam actualmente um valor na ordem dos 23%”, revela o Ministério.
A ANPOC – Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais, a ANPROMIS – Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo e a AOP – Associação dos Orizicultores de Portugal já vieram a público congratular-se com esta medida.
José Pereira Palha, presidente da ANPOC, afirma que é “fundamental continuar a produzir cereais em Portugal”.
A associações defendem a criação da marca “Cereais de Portugal”; a constituição de uma Organização Interprofissional e implementação de uma Agenda de Inovação para o sector.