Apesar das dificuldades impostas pelos efeitos da Covid-19, “a agricultura não pode parar” assim como a procura de soluções para esta realidade, também não. Quem o diz é a ACOS- Associação de Agricultores do Sul.
“Os agricultores estão a trabalhar, mas há produtos que não estão a ser escoados. Os preços ao produtor estão a baixar. A economia das explorações está a ser afectada, sendo necessárias medidas de apoio imediato para evitar a falência das empresas e o aumento do desemprego”, afirma a Associação.
A “Agricultura Con(s)ciência”, tema que estaria em destaque na Ovibeja deste ano, “impõe-se agora mais do que nunca” frisa a mesma fonte.
“A ACOS tem em preparação um conjunto de acções visando a partilha de conhecimento e a transferência de novas tecnologias para a produção, com recurso a várias ferramentas incluindo as tecnologias de informação e comunicação.”
Para a Associação de Agricultores do Sul, “a ciência impõe-se como resposta objetiva e de salvaguarda da qualidade. O reforço do trabalho conjunto, onde se inclui a articulação da produção e escoamento dos produtos, seja de origem animal, seja de origem vegetal, é outro dos indicadores que importa trabalhar”.
“O fator confiança aliado à qualidade, a preservação do ambiente, o desenvolvimento dos territórios rurais, a garantia da produção mínima que salvaguarde a soberania alimentar, a coesão territorial são alguns dos tópicos da nova realidade, que importa debater com seriedade”, explica.
“De ‘mãos dadas com a ciência’ importa salvaguardar a produção de qualidade e estimular a saúde e vitalidade das empresas do sector primário nas zonas de interior, como é o caso do Alentejo. A partilha de informação, de experiências e de conhecimento é agora mais importante do que nunca.”