O sabor e cheiro a terra e a mofo estão a provocar mau-estar nos munícipes. As queixas avolumam-se nas autarquias e nas redes sociais.
Marta Gonçalves, residente no concelho de Beja, só consome água engarrafada e assegura que não é agradável fazer a higiene pessoal com a água que corre da torneira.
No concelho de Aljustrel, Nelson Brito, presidente da autarquia, assegura que está a acompanhar a situação há cerca de dois meses. O município reuniu várias vezes com os responsáveis pela gestão da água; a empresa Águas Públicas do Alentejo. O presidente do município frisa que estão a ser encetados esforços para resolver o problema.
A AgdA Águas Públicas do Alentejo emitiu ontem uma nota onde assegura que está a acompanhar, em conjunto com a Unidade de Saúde Pública da ULSBA, a situação.
O problema deve-se à redução do volume de água na albufeira do Roxo e às elevadas temperaturas que provocam a produção de compostos orgânicos.
A Águas Públicas do Alentejo garante que a água cumpre os “parâmetros de qualidade exigidos” e não há registo de intoxicações em seres humanos.
A empresa adianta que “reforçou o já apertado programa de vigilância analítica da água para consumo humano” e está “a fazer todos os esforços para melhorar a eficiência do processo de tratamento da água, nomeadamente com a introdução de um carvão activado especial, reconhecido como apresentando melhores características para tratar este tipo de compostos orgânicos”.