Celebrámos no dia 24 de março o Dia Nacional do Estudante. Uma data instituída em 1987 pela Assembleia da República Portuguesa, como evocação das lutas estudantis durante o regime do Estado Novo.
Uma evocação do passado, que nos projeta no futuro, com a certeza que os estudantes são a vanguarda da inquietação que alimenta o nosso regime democrático. Alimentar essa inquietação, através de uma cultura participativa, é dar energia à formação de jovens implicados nas constantes e aceleradas transformações “do mundo que deve habitar este planeta”.
Cada um de nós tem a oportunidade, para não dizer a responsabilidade, de convocar os estudantes à ação. Que defendam causas! Que se envolvam em ações de voluntariado! Que se envolvam nos órgãos das instituições… nas associações académicas… é tão importante para a formação como os conteúdos, os conhecimentos ou as aptidões que os cursos lhes conferem.
Nas últimas semanas, tive a oportunidade de “perceber” o papel e a forma como algumas associações de estudantes do Ensino Básico e Secundário ou do Ensino Superior, souberam manter a comunicação com os colegas, durante o período da pandemia. Fizeram-no através de plataformas de comunicação digital como o WhatsApp ou o Instagram. É, de facto, importante conseguirmos que essa dinâmica seja transferida para a participação na vida estudantil em todas as suas dimensões.
Como professores podemos dar o nosso contributo. Para tal, recomendaria o trabalho pedagógico a partir do documentário do jornalista Jacinto Godinho, exibido na RTP 1, no passado dia 21 de março, sobre a revolta estudantil de 1962. A história de um movimento que marca o presente à entrada do mês de abril.
Aldo Passarinho
Professor do Instituto Politécnico de Beja