O Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas 2016, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), indica que “de 2013 para 2016 a estrutura das explorações agrícolas alterou-se significativamente”.
A dimensão média das explorações agrícolas aumentou 0,3 hectares de Superfície Agrícola Utilizada (SAU), o Valor de Produção Padrão Total (VPPT) subiu, o número de sociedades agrícolas aumentou e os indicadores laborais relacionados com a produtividade e a eficiência do trabalho melhoraram.
Segundo o Inquérito, “a dimensão média das explorações regista uma grande variabilidade regional, apresentando as explorações do Alentejo uma dimensão média 4 vezes superior à média nacional”.
O Valor de Produção Padrão Total nacional de 2016 ultrapassou os 5,1 mil milhões de euros, contribuindo o Alentejo com mais de 1/3 deste valor.
Desde 2009, a área de regadio no Alentejo já aumentou 22,7 mil hectares.
A região possuía 35 666 explorações agrícolas, a maioria detida por produtor singular.
O INE sublinha que “em 2016, os produtores agrícolas singulares eram maioritariamente homens (66,2%) e tinham em média 65 anos, sendo que 54,6% tinham 65 ou mais anos. A grande maioria dos produtores agrícolas apenas concluiu o ensino básico (71,4%) e somente 5,8% eram titulares de habilitações ao nível do ensino superior”.
A dimensão das explorações agrícolas nacionais geridas por sociedades é 11 vezes superior à das geridas por produtores singulares. Cerca de 3/4 das explorações são muito pequenas, gerando menos de 8 mil euros por ano, indica ainda o INE.