O Relatório Primavera 2018 do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS), confirma aquilo que é do conhecimento de todos.
O Alentejo “regista a menor disponibilidade de médicos no Serviço Nacional de Saúde por habitante, em contraste com a região de Lisboa e Vale do Tejo”.
O Alentejo apresentava no ano passado 1,4 médicos especialistas por cada mil habitantes e 0,6 médicos internos por cada mil habitantes.
Na região são apontadas carências em quase todas as áreas profissionais de saúde, desde médicos a técnicos superiores de saúde, passando pelos enfermeiros.
No que diz respeito aos médicos, o Relatório sublinha que “não obstante o aumento das horas contratualizadas, a disponibilidade de profissionais face à população estagnou e é das mais baixas do país”. O documento aponta a “necessidade de avaliação dos riscos desta tendência de aparente dependência do trabalho médico em prestação de serviços, visto que se trata da região do país onde este traço é mais vincado”.
Quanto aos enfermeiros, “apesar da disponibilidade face à população ter aumentado e estar em linha com a média nacional, a diminuição do tempo de trabalho sugere a necessidade de reforço de novos profissionais”, lê-se no Relatório.
A proporção de despesa manteve-se estável entre os anos de 2014 e 2017, correspondendo a aproximadamente 35% no Norte, 26% no Centro, 27% na área Metropolitana de Lisboa, 8% no Alentejo e 4% no Algarve.