Os alunos da Escola Secundária de Serpa, alguns enrolados em mantas e todos com várias camadas de roupa, protestaram ontem de manhã, na rua, contra o frio que sentem nas salas de aulas. Uma situação que se deve às más condições do estabelecimento de ensino, com infiltrações, falta de isolamento térmico, entre outras, e que se arrasta “há anos”.
Um problema agravado pela pandemia, que “obriga” a que as salas sejam arejadas e, ainda, mais frias. Além disso, mantas, luvas, gorros são acessórios que os alunos utilizam diariamente, em particular, quando o frio aperta.
Constrangimentos que levaram a Associação de Estudantes do estabelecimento de ensino a promover, na manhã de ontem, uma ação de protesto exigindo melhores condições.
Margarida Figueira, presidente da Associação de Estudantes, disse à Rádio Pax que os alunos “passam mais frio nas salas do que na rua”, recordando, que este é mais um protesto que se junta a tantos outros que têm acontecido ao longo dos anos.
De acordo com a aluna, o objetivo deste protesto que juntou alunos e professores, é fazer chegar o apelo “a entidades superiores” para que possam resolver ou minimizar os efeitos negativos desta situação.
Francisco Oliveira, diretor do Agrupamento de Escolas nº 2 de Serpa, mostrou-se, totalmente, solidário com os alunos, neste protesto que se prolonga até amanhã. Afirmou que “urge que a situação seja resolvida” e lembrou que há anos que faltam obras e, também, um acordo entre o Ministério da Educação e a Câmara.
Depois de cerca de uma hora de protesto, os alunos rumaram até à Câmara de Serpa, onde uma delegação da associação de estudantes foi recebida pelo executivo. No quadro da requalificação do edifício e, embora a escola seja da responsabilidade do Ministério, Francisco Oliveira frisa que “a Câmara é um parceiro fundamental para a resolução deste processo”.
Fotografias: Vítor Brazão
Rádio Pax/LUSA