A utilização do Aeroporto de Beja como alternativa à construção de um novo aeroporto no Montijo, é um “imperativo nacional”, considera o Movimento AMAlentejo.
Em comunicado enviado às redacções, a comissão dinamizadora do Movimento sublinha que o Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT), cuja proposta de revisão está em discussão pública até ao próximo dia 15, prevê a construção do novo aeroporto do Montijo, sem considerar o aeroporto de Beja.
Para o AMAlentejo, “por essa europa fora o que não faltam são aeroportos a mais de uma hora de viagem da capital que servem”.
No comunicado pode ler-se que Beja “reúne todas as condições que um novo aeroporto na grande Área metropolitana de Lisboa não tem, nem nunca terá. Não tem problemas ambientais, situa-se numa das zonas de mais baixa densidade demográfica do País, não precisa de milhões de investimentos para funcionar, irá criar novas oportunidades de emprego e contribuir para o desenvolvimento de uma zona do interior até ao presente esquecida pelo centralismo cego e asfixiante de S. Bento”.
“Um país endividado como o nosso não pode continuar a desbaratar recursos como se vivesse na abundância”, realça José Soeiro, membro da comissão dinamizadora.
“Os milhões que se pretendem gastar na construção de um novo aeroporto no Montijo devem ser canalizados para electrificar a linha ferroviária Portalegre-Évora-Beja-Funcheira (ligação a Faro) com prioridade imediata para o troço Beja-Casa Branca”, defende o Movimento.
José Soeiro explica que uma boa ligação ferroviária, deixa Beja a uma hora de Lisboa.