Temos vindo a assistir a sucessivos adiamentos da construção da 2° fase do
hospital distrital de Beja, o que nos leva a pensar que as promessas do
governo para com a nossa região não passam disso mesmo, promessas.
Promessas essas que nos tem conduzido ao progressivo abandono das
gentes do Baixo Alentejo, em matéria de saúde.
A centralização dos serviços para o hospital distrital de Beja, tem deixado as
populações, daquela que é a maior região de Portugal em área, numa
situação muito delicada.
Temos assistido também à degradação dos serviços nos centros de saúde,
muito devido à falta de condições das instalações e recursos humanos,
condicionando claro, os seus horários de funcionamento.
Nos últimos dias têm sido frequentes os relatos e chamadas de atenção,
tanto pela parte dos utentes como de alguns profissionais do Hospital de
Beja, em relação à delicada situação de vários serviços de especialidade,
que pela falta de profissionais, encontram o seu funcionamento
condicionado.
Este ano, por coincidência ou não, em período pré-eleitoral, voltou a
debater-se o tema da ampliação do hospital de Beja, após vários
orçamentos aprovados sem que nada fosse feito.
A promessa volta a estar sobre a mesa com o prazo para a adjudicação da
sua construção até final de 2022.
Recorde-se também que em junho de 2019 foi aprovada a candidatura para
a aquisição do aparelho de ressonância magnética com conclusão do
projeto para final de 2021, data na qual o hospital de Beja deixaria de ser o
único do País sem ressonância magnética, mas continuamos à espera…
Outra promessa é a de realizar uma avaliação com propostas de melhorias
dos serviços no Hospital São Paulo em Serpa, que foi votada favoravelmente
no dia 26 de novembro na AR. Nota negativa para o PCP, BE e o PEV que
colocando o preconceito ideológico à frente dos interesses das gentes do
município de Serpa, abstiveram se a este projeto de resolução ao contrário
de todos os outros partidos que votaram a favor.
Ficarei atenta à situação e farei tudo o que estiver ao meu alcance para que
desta vez não sejamos de novo esquecidos entre promessas pré-eleitorais
e preconceitos ideológicos, quer na situação do hospital de Beja como na
do hospital de Serpa.
Ana Moisão
Vereadora na Câmara Municipal de Serpa pelo Partido Chega
