Área semeada com cereais mantém-se apesar da subida dos preços

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O Instituto Nacional de Estatística (INE) estima que a produção de cereais será idêntica à do ano passado.

No último Boletim Mensal de Agricultura, o INE realça que “apesar dos atrasos na preparação dos solos e na sementeira dos cereais de inverno no Alentejo (onde é produzida, em média, cerca de 80% da produção total nacional), estima-se que a área ocupada por estas culturas seja semelhante à da campanha anterior, com exceção do centeio, cereal mais rústico e com maior expressão no interior Norte e Centro, que deverá diminuir a superfície em 5%”.

De acordo com a mesma fonte, “havia grande expectativa para perceber a reação dos produtores à tendência altista que estas culturas foram apresentando ao longo do último ano”.

O facto do trigo mole ter ultrapassado, em novembro, os valores históricos alcançados durante a crise alimentar de 2007-2008, fazia antever um aumento da área semeada.

O INE adianta que esta situação “não se concretizou, sobretudo em resultado da escassa precipitação na altura da preparação do solo/ sementeira, mas também devido à subida dos preços dos meios de produção”.

Quanto ao desenvolvimento destas culturas, o INE refere que as germinações foram irregulares nas searas semeadas em outubro e início de novembro “devido aos baixos teores de humidade do solo”.

Já as semeadas no fim de novembro apresentavam um desenvolvimento vegetativo normal.