A Assembleia Municipal de Castro Verde reúne, hoje, em sessão extraordinária, para discutir a auditoria externa relativa ao quadriénio 2014/2017.
Segundo a maioria PS na Câmara, a auditoria confirma “prejuízos de forma consecutiva” e destaca que o Município “assumiu compromissos sem ter assegurado as fontes de financiamento”.
O relatório refere que perante a “significativa diminuição” da receita proveniente da Derrama, não terá sido acautelado o “acréscimo de risco relativamente às decisões de gestão tomadas desde então”.
Sobre a opção de adjudicar a construção da EM 508 (Castro Verde/Santa Bárbara de Padrões) e CM 1139 (Santa Bárbara de Padrões/Mina de Neves-Corvo), o relatório indica que “o Município assumiu compromissos sem ter assegurado as fontes de financiamento para o efeito”.
António José Brito, presidente da Câmara de Castro Verde, aquando do conhecimento das conclusões da auditoria, falou em gestão “pouco cuidadosa” no anterior mandato da CDU.
A Concelhia de Castro Verde da CDU considera que a auditoria externa às contas do Município “não conclui e nem prova a pretensa ‘má gestão’ da CDU à frente do concelho de Castro Verde nos últimos 4 anos”.
Os comunistas frisam que a auditoria não menciona “nenhumas evidências nem indícios de actividades menos lícitas”; “não refere nenhuma anomalia no cumprimento das normas do Manual de Controlo Interno”, “não detectou nenhuma irregularidade em matéria de empréstimos bancários”, nem a “existência de pagamentos em atraso, não justificados”.
Relativamente aos “compromissos sem ter assegurado as fontes de financiamento”, os comunistas frisam que “o auditor extravasou completamento o âmbito da auditoria e tira “conclusões” com base em premissas cuja veracidade não confirmou”.
“Nunca gastámos mais do que aquilo que recebemos”, disse à Rádio Pax Francisco Duarte, vereador da CDU na Câmara de Castro Verde e antigo presidente do município.
A Assembleia Municipal reúne, a partir das 21 horas, no Fórum Municipal.