É esta a pergunta que Nuno Serrado, pai de Joana Cavaco, faz.
Joana caiu em casa e bateu com a cabeça no canto de um móvel. Entrou na urgência do Hospital de Beja, esta terça-feira, às 17:58 horas. Foi solicitado aos pais que esperassem com a menina na unidade de pediatria até que fosse chamada.
“O tempo foi passando e eu ficava cada vez mais desesperado”, desabafou Nuno Serrado que via a filha sangrando da cabeça, sonolenta, com vómitos, muito rabugenta e “ninguém fazia nada”. O progenitor, aflito, tentou obter explicações do que se estava a passar. Foi informado que era um assunto da cirurgia. Entretanto o médico da cirurgia informou-o que não observava a criança enquanto não fosse vista por um médico da pediatria. “E levamos nisto até às oito e meia da noite”, afirma.
Nuno Serrado diz mesmo parecer haver “uma rixa entre a pediatria e a cirurgia”. Felizmente, o médico que entrou no turno das vinte horas, deu atenção à situação e observou a criança que teve alta ainda nessa noite.
Os pais da Joana Cavaco informaram que vão apresentar queixa junto das entidades competentes.
Contactado pela Rádio Pax, o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, diz que “foi atribuida a pulseira verde o que significa que se tratava de situação de pouca gravidade, com tempo previsível de atendimento de 2 horas”. A ULSBA informa ainda que a Joana Cavaco “foi devidamente observada pelas equipas médicas de pediatria e de cirurgia”.