Os espaços noturnos e de animação, como bares e discotecas, foram na opinião de Marco Pinto, proprietário de um snack-bar e de um bar na cidade de Beja, os mais afetados pela pandemia. O empresário afirma que as medidas implementadas refletem que este sector é o “parente pobre” para o Governo.
As declarações do empresário ligado, ao ramo há 15 anos, foram recolhidas, na sequência do anúncio do primeiro-ministro, de que as discotecas iriam permanecer fechadas até outubro.
Contudo, no sábado, o Governo esclareceu que, afinal, as discotecas com código de Classificação das Atividades Económicas (CAE) de bar, puderam reabrir no domingo e funcionar até às 02:00 sujeitos às regras da restauração.
Os estabelecimentos explorados por Marco Pinto, apesar de não serem discotecas, funcionam ambos com horários alargados, situação que deixou de acontecer desde o início da pandemia, funcionando, apenas, um dos espaços com limitação de horário.
O proprietário explica que teve que reinventar o negócio do snack-bar que explora nas imediações das Piscinas Cobertas da cidade, realçando que apesar de estar a ser um processo “complicado”, conseguiu manter os postos de trabalho.
Considerando que “a noite foi sempre olhada com desconfiança”, Marco Pinto demonstra a sua insatisfação dizendo que o sector é “um bocadinho abandonado e forçado a ter alternativas”. Adianta que “as festas fazem-se à mesma” e que existem, ainda, muitas dúvidas por esclarecer, no que toca ao acesso a espaços noturnos.