Faz hoje nove dias que está desaparecido um enfermeiro do departamento de psiquiatria do Hospital de Beja.
José António da Cruz, de 65 anos, conhecido na região como “enfermeiro Marinho”, terminou o turno de trabalho na segunda-feira, 31 de agosto, às 15h30 horas. O homem saiu a pé do hospital e desapareceu sem deixar rasto.
Francisca Raposo, mulher do desaparecido, lamenta o facto das autoridades concederem pouca atenção ao caso e duvida mesmo que estejam à procura do marido. “Não vejo grande interesse, não só da Polícia Judiciária (PJ) de Faro, mas também da GNR, em encontrar o meu marido”.
A mulher revela que a PJ pediu algumas informações sobre as contas bancárias do marido, perguntaram sobre as relações do enfermeiro com a mulher e os filhos e “mais nada”. A senhora questiona mesmo se a GNR está no terreno à procura do marido. “Ligam-me e perguntam se há novidades. Apenas isso. Nunca me pediram uma peça de roupa do meu marido nem falaram com colegas de trabalho”, afirma.
Confrontada com a possibilidade de suicídio, Francisca Raposo afirma, convicta “o meu marido jamais faria uma coisa dessas”. Opinião igual têm vários colegas do enfermeiro com quem falámos.
José António da Cruz foi durante 21 anos enfermeiro de Seleção Nacional de Futebol onde integrou os quadros da Federação Portuguesa de Futebol.