A Junta de Freguesia de Santiago Maior e São João Baptista está preocupada com os prejuízos causados pela crescente população de pombos na cidade. Nesse sentido, propôs à Câmara de Beja a realização de uma reunião alargada, tendo em vista a adoção de medidas para controlar a situação.
Miguel Ramalho, presidente da Junta de Freguesia de Santiago Maior e São João Baptista, reconhece que se trata de “um problema bastante antigo” e grave, mas também de difícil resolução.
Contudo, explica que na sequência das inúmeras reclamações, foi decidido, na última reunião da Junta de Freguesia, propor à autarquia de Beja a realização de uma reunião envolvendo as diversas entidades interessadas no assunto.
Além do município, que segundo Miguel Ramalho, “deve estar à cabeça deste processo” devem, também, ser envolvidas na solução do problema, as duas Uniões de Freguesias da cidade, outras instituições públicas, empresas e entidades gestoras de condomínios.
O objetivo passa por, em conjunto, delinear um Plano de Controlo que assegure uma maior eficácia na redução efetiva da população de pombos a qual, apesar dos esforços desenvolvidos nos últimos anos, tem vindo a aumentar.
Miguel Ramalho frisa, ainda, que “a grande concentração de pombos em zonas urbanas, para além de poder causar graves danos ao património construído, com o acumular de fezes e entupimento de algerozes, tornou-se ou pode tornar-se também um problema de saúde pública”.
De acordo com a Junta de Freguesia, pelo menos 57 doenças já foram identificadas, entre elas a salmonelose, a toxoplasmose, histoplasmose e criptococose. A maioria dessas doenças é causada pelo contacto com as fezes, mas podem ser originadas do contacto com as penas ou de aves doentes.