Continuam sem estar vacinados contra a Covid-19, um grupo de profissionais de saúde do sector privado, da cidade de Beja. A situação que dizem ser “surreal” tem vindo a ser denunciada, há mais de quatro meses, por José Barriga, médico especialista em medicina interna.
Recorde-se que, no passado mês de abril, um grupo de profissionais de saúde – do Centro de Radiologia de Beja, do Centro de Imagiologia do Baixo Alentejo, da Clínica Médica José Barriga e do LACLIBE (Laboratório de Análises Clínicas de Beja) – escreveu uma carta ao Presidente da República, à Ministra da Saúde e ao coordenador da Task Force a denunciar a situação.
“Continuamos sem estar vacinados, continuamos completamente ignorados por todas as entidades responsáveis” pelo processo de vacinação contra a Covid-19, frisa José Barriga.
O médico lamenta ter que voltar “a socorrer-se da comunicação social, porque é um problema que ultrapassa todas as normas”.
O clínico considera que “não há esquecimento possível”, uma vez que, garante ter já contactado e pressionado, “de todas as formas as entidades locais”, que dizem “não serem responsáveis pela vacinação”.
Contudo, José Barriga entende que as entidades locais de saúde “são altamente responsáveis” por aquela que diz ser “a 1ª fase catastrófica da vacinação”, acrescentado que foram inoculadas “vacinas, completamente, indevidas no Hospital de Beja e fora” deste equipamento, e “entregues vacinas aos médicos de família para eles vacinarem caoticamente”, pessoas, “nessa 1ª fase”.
“Virámos as armas e bagagens para os indivíduos responsáveis”, diz José Barriga apontando o dedo àquela que diz ser a responsável por esta situação: a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo.