A Ordem dos Enfermeiros revela que há 9.366 profissionais disponíveis para contratação para a vacinação contra a Covid-19 nos centros que vão estar espalhados pelo país, no âmbito da execução da segunda fase do plano, a partir deste mês de abril. O distrito de Beja tem, apenas disponíveis 43 enfermeiros disponíveis e o SEP do Alentejo afirma que são números “normais”.
Com base no desafio lançado no ‘site’ da instituição, no qual foi publicado um inquérito para que os enfermeiros manifestassem a sua disponibilidade para integrar o plano de vacinação delineado pela ‘task force’, 8.956 enfermeiros declararam estar disponíveis para o fazer fora do respetivo horário laboral, enquanto outros 410 disseram estar desempregados.
Os três distritos com mais enfermeiros disponíveis são Porto, com 2.070 profissionais, Lisboa, com 2.043, e Braga, com 908. No extremo oposto, encontram-se Beja e Portalegre, com apenas 43 e 30 enfermeiros disponíveis, respetivamente.
São números “normais”, diz Edgar Santos, coordenador do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses no Alentejo, acrescentando que “nesta fase há poucos” profissionais “disponíveis”, uma vez que, se sentem “exaustos e a necessitar de descansar”, de forma a garantirem uma prestação de cuidados de qualidade.
O responsável frisa que a “indisponibilidade” dos enfermeiros prende-se, também, com o facto da tutela “continuar a ignorar os problemas que o SEP tem apresentado”.
Além disso, Edgar Santos realça que não faz sentido a atribuição do prémio de 20% que o Governo instituí, este ano, destinado “apenas a alguns colegas”, nomeadamente, aos que estão no serviço Covid, quando “todos estão a colaborar” para que haja uma diminuição de infeções.
A Ordem dos Enfermeiros adiantou, ainda, que os dados recolhidos para esta bolsa de recursos humanos vão ser remetidos para o Ministério da Saúde e para a ‘task force, “com o objetivo de maximizar os esforços para a aceleração e massificação progressiva da vacinação em Portugal”, segundo a nota enviada, sem deixar de enaltecer o “elevado sentido de serviço, disponibilidade, profissionalismo e dedicação” dos enfermeiros.
Rádio Pax/ Lusa