Vários cidadãos saem hoje à rua para manifestarem-se contra a violência na Palestina. A concentração tem lugar nas Portas de Mértola, em Beja, pelas 18 horas.
A ação de solidariedade com o lema “Pela Paz no Médio Oriente – Pelos Direitos do Povo Palestiniano” estende-se até à Praça da República.
Em nota de imprensa enviada às redações, o Núcleo de Beja do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) condena aquilo que diz ser “os hediondos crimes a que estamos a assistir” e pede para que parem os crimes e os bombardeamentos no Médio Oriente.
O CPPC cita ainda alguns dados que constam do último boletim divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
No documento pode ler-se que “entre 7 de outubro e 10 de novembro, pelo menos 11 078 pessoas foram mortas em Gaza”, sendo que, “aproximadamente 41% eram crianças (4506), 45% eram do sexo feminino (4969) e 55% do sexo masculino (6109), de acordo com o Ministério da Saúde”. É referido ainda que “168 palestinos foram mortos na Cisjordânia”.
A mesma fonte considera que “é indispensável e urgente continuar com as ações de solidariedade com a Palestina tendo em vista um cessar-fogo imediato e incondicional e o início de um processo político sério que conduza à criação de um Estado Palestino livre, independente e soberano, com Jerusalém Leste como capital, e com uma solução justa para o problema dos refugiados”.
O Conselho Português para a Paz e Cooperação apela à adesão de outras organizações “por forma a aumentar o grito de raiva e de revolta que obrigue os mandates e seus executantes a recuar na sua intenção clara de extermínio deste Povo”.
José Baguinho, membro do Conselho Português para a Paz e Cooperação, considera que “as resoluções das Nações Unidas ainda não foram cumpridas”. Para José Baguinho, o Estado de Israel “está a fazer uma chacina completa ao povo palestiniano”.