As eleições para os corpos sociais dos Bombeiros Voluntários de Cuba, previstas para a última segunda-feira, acabaram por não se realizar depois do protesto dos “soldados da paz”.
Um grupo de Bombeiros daquela Associação depositou os capacetes à entrada do quartel e ameaçou não fazer qualquer serviço se as eleições se realizassem.
Os operacionais discordam da forma como foi conduzido o processo eleitoral e alegam que os estatutos foram violados.
Os Bombeiros consideram que os prazos previstos não foram respeitados, a lista foi entregue no dia das eleições e vários membros da mesma não terão as quotas em dia.
Jaime Cascão, porta-voz dos Bombeiros que contestaram o ato eleitoral, diz que a maioria dos elementos da lista para os órgãos sociais são funcionários da Câmara, onde se inclui o próprio presidente do Município, João Português, candidato à presidência do Conselho Fiscal.
Os Bombeiros acusam João Português de pretender “manipular” as eleições e ter a Associação sob a sua “custódia”.
Jaime Cascão acrescenta que os “soldados da paz” não aceitam que a Câmara de Cuba não pague, há vários meses, aos elementos da Equipa de Intervenção Permanente (EIP) dos Bombeiros e questionam as intenções do presidente daquele município.
João Português não responde a estas acusações para não alimentar polémicas e atribui as mesmas ao aproximar das eleições autárquicas de 2025.
A Rádio Pax tentou, sem sucesso, falar com o presidente da Assembleia Geral dos Bombeiros Voluntários de Cuba.