O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Beja alerta para o risco acrescido e elevado de incêndios na região devido à seca, porque pastos e árvores, sobretudo, nas zonas de mato, estão muito secos.
Domingos Fabela, em declarações à Lusa, disse que existe “um risco acrescido nesta época, para não dizer que é enorme”.
Segundo o responsável, a falta de chuva levou a que os “poucos” pastos que existem e o arvoredo, “principalmente nas zonas de mato”, estejam “realmente ressequidíssimos”, o que pode “espoletar incêndios”.
À exceção de “algumas” áreas de regadio, onde “a água não tem faltado às culturas”, existem “outras zonas que estão totalmente ressequidas e que são um risco de combustão”.
Por isso, “o perigo de incêndios é realmente elevado”, alerta Domingos Fabela, avisando que o uso de maquinaria em trabalhos agrícolas, que, “naturalmente, têm que ser feitos”, “também pode ajudar” a provocar incêndios.
O responsável acrescenta que os bombeiros têm “um dispositivo que ainda não está efetivamente em pleno para poder dar uma resposta cabal”, como a que é possível dar com o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), que só está ativo na época crítica de fogos.
No entanto, destacou, os bombeiros estão “empenhadíssimos e convictos” de que podem “dar uma resposta efetiva” e “tranquilizar as populações”.
O responsável disse, também, esperar que a situação de seca “não se venha a agravar”, o que, a acontecer, pode trazer também necessidades de abastecimento de água às populações.
“Até os próprios agricultores, se calhar, vão necessitar do apoio dos bombeiros” do distrito de Beja na distribuição de água para abeberamento de animais, acrescentou.
Rádio Pax/ Lusa