A Câmara de Beja e as Secretárias de Estado da Igualdade e da Habitação visitaram ontem o Bairro das Pedreiras. Em cima da mesa estiveram os problemas sentidos pelas famílias de etnia cigana que habitam aquele espaço.
No Bairro, projectado para 250 pessoas, vivem actualmente 500. Outras 200 habitam em 40 barracas distribuídas pelo espaço.
Rosa Monteiro, Secretária de Estado da Cidadania e Igualdade afirmou que “problemas que subsistem há décadas” não têm “soluções rápidas”. A governante assegurou que o executivo tem em curso intervenções direccionadas às comunidades ciganas.
Ana Pinho, Secretária de Estado da Habitação, lembrou que o Governo aprovou orientações estratégicas da “nova geração de políticas de habitação”. No documento estão vertidas soluções para problemas como aqueles que são sentidos no Bairro das Pedreiras. Em seu entender, são necessárias “respostas integradas”.
Paulo Arsénio, presidente da Câmara de Beja, considera que seria “irresponsável” por parte do município apontar um limite temporal para resolução dos problemas sentidos.
“O que a Câmara Municipal de Beja vai começar a fazer de imediato é o diagnóstico da situação”, disse o autarca.
A Câmara quer saber quem vive nas habitações, o número de agregados familiares do Bairro, quem transmitiu habitações e quem está instalado em situações precárias em barracas.
Paulo Arsénio considera que se trata de uma “tarefa difícil” que exige o envolvimento dos parceiros e do Governo. Em seu entender, só será possível encontrar soluções a “médio prazo”.