Rui Brito assinou, em Junho, uma nota de imprensa onde acusa a Câmara de Ourique de contratar uma “empresa de advogados para tratar de contra ordenações de trânsito, onde consta também o irmão do presidente da Câmara que não é funcionário da autarquia”.
A Câmara diz ter existido o aproveitamento de “um mero lapso constante de um documento” que já foi esclarecido e corrigido “sem deixar dúvidas de que quaisquer actos possam ter prejudicado o erário público” ou colocado em causa o “modelo de gestão transparente e de rigor praticados no município”.
O município entende que a referida nota constitui “um atentando à honra e ao prestígio” daquele órgão e dos seus eleitos e que as acusações ultrapassam o debate político. Por não ter existido um pedido de desculpas formal aos visados, o executivo municipal avança agora para a justiça.
Pedro do Carmo, presidente da Câmara de Ourique, sublinha “que os políticos não são todos iguais”. O autarca diz-se ofendido e para “por os pontos nos i’s” leva “à justiça o que é da justiça”.
Rui Brito diz-se tranquilo e refere que a nota foi feita com base na documentação disponível no site oficial da Câmara. O social-democrata acrescenta que foi feita também uma exposição à Procuradoria-Geral da Republica que já seguiu para o Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja. “Se a exposição seguiu para o TAF é porque existe algum fundamento”, conclui o secretário-geral da distrital do PSD.