“Pelos direitos das pessoas com doença mental” é o mote do primeiro círculo de silêncio de 2019 promovido pela Cáritas Diocesana de Beja, agendado para esta tarde, nas Portas de Mértola.
Os “Círculos de Silêncio” são um movimento de cidadãos e de organizações que consideram que a situação em que muitas pessoas vivem é extremamente precária e apelam “à consciência daqueles que fazem as leis, daqueles que as aplicam e daqueles em cujo nome são feitas, para concretizar uma política que respeite a dignidade do ser humano”, realça a Cáritas de Beja.
Márcio Guerra, técnico da Cáritas Diocesana de Beja refere que a iniciativa pretende “sensibilizar a sociedade civil para os problemas que afectam as pessoas com doenças mentais”, ao mesmo tempo que pretende “encontrar soluções para minimizar o sofrimento dos doentes e das suas famílias”.
Para além de sensibilizar e consciencializar, o Circulo de Silêncio pretende também, chamar a atenção “para que os meios disponibilizados pelo serviço nacional de saúde sejam reforçados, a fim de dar resposta efectiva a este tipo de situações”.
A Cáritas refere que o único estudo epidemiológico feito em Portugal sobre o assunto, citado pela Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, salienta que “cerca de 22,9% dos portugueses, ou seja, um quinto da população, sofre de uma perturbação psiquiátrica e 4% da população adulta apresenta uma perturbação mental grave. Somos o segundo país com a mais elevada prevalência de doenças psiquiátricas da Europa, sendo apenas ultrapassado pela Irlanda do Norte (23,1%).”
A iniciativa desta tarde é desenvolvida em parceria com a Câmara, a Rede Social, o Núcleo de Beja da Rede Europeia Anti- Pobreza, a Santa Casa da Misericórdia de Beja e a Associação Aris da Planície.