A CDU está a acusar o executivo PS, na Câmara de Beja de deixar a “cidade e o concelho à deriva”.
No boletim que está a ser distribuído, pelas várias aldeias do concelho, a CDU “lamenta profundamente os dois anos e meio de governação do PS”. A Coligação Democrática Unitária entende que foi “tempo perdido devido à falta de visão e ausência de dinamismo na projeção do investimento municipal para beneficiação da cidade e do concelho”.
Para a CDU, “a promoção e afirmação de Beja não se concretizam com medidas avulsas, mas [sim] com sentido estratégico e convicção (…) para dar respostas com seriedade aos desafios que se colocam ao desenvolvimento do território”.
O boletim refere ainda, aquela que diz ser “a postura de pura negação que o Executivo PS assumiu, desde o inicio do mandado, em relação aos investimentos lançados e projetados pela CDU, com o argumento de fazer «melhor e diferente», mas que correspondeu a uma opção politica muito problemática, por ter ocasionado um vazio de investimento na incessante teimosia de procurar, de modo não fundamentado, novos rumos, que se revelaram infrutíferos, incertos e pouco estruturados (…)”.
No que diz respeito à animação cultura do concelho, o “PS limitou-se a dar continuidade a projetos da CDU, com as iniciativas «Beja Romana», «Beja Acontece» e as «Noites ao Fresco».
A CDU acusa o PS de “abandonar outros projetos sem justificação” e de “desprezar a iniciativa de reanimação do Parque Vista Alegre, o Museu Regional Rainha D. Leonor, os percursos acessíveis e turísticos no Centro Histórico, reduzidos apenas a um, o adiamento ou renúncia dos projetos do Museu de Banda Desenhada, do Centro Multicultural, o cancelamento da criação do Gabinete do Centro Histórico, e a substituição da Rural Beja, (…) com evidente desinvestimento no setor equestre, que lhe concedia projeção nacional e ibérica (…)”.
O boletim faz ainda referência à “desatenção pelo espaço público (…) no que diz respeito à limpeza e higiene urbana (…) comprometendo o título alcançado no início de 2017 de “Cidade de Excelência”.
A CDU salienta também a “insensibilidade permanente, que o executivo PS manifesta para ouvir e atender às justas e reivindicações dos trabalhadores da autarquia” e refere como exemplo “a reposição dos três dias de férias retirados, tendo recusado com alegações indevidas de falta de recursos humanos”.
Por último, a CDU refere o “silêncio do executivo PS, ao nível de reivindicações de medidas junto do Governo para a eletrificação da linha ferroviária, a ligação direta a Lisboa, a conclusão do IP8, a construção da segunda fase do Hospital de Beja, a construção do quartel da GNR e a construção do Palácio da Justiça”.
O boletim que está a ser distribuído pelas várias aldeias da cidade “estava pronto para ser entregue em março, mas as contingências da pandemia da Covid-19 levaram” a um atraso. O documento está, agora, a ser distribuído.