A AdpBeja – Associação para a Defesa do Património Cultural da Região de Beja, a Câmara de Beja e a Palimpsesto promovem, hoje, a Conferência “A Necrópole Romana da Rua da Lavoura: os mortos e os vivos”.
No ano passado, os trabalhos de requalificação na Rua da Lavoura, em Beja, colocaram a descoberto diversas sepulturas de época romana. A intervenção arqueológica que se seguiu identificou 27 sepulturas que apresentavam arquitecturas muito variadas, incluindo 7 sarcófagos.
“A dispersão da localização dos achados sepulcrais por uma vasta área e a sua cronologia permitem considerar esta como uma necrópole de grandes dimensões e com uma longa duração”, revela a AdpBeja.
Os promotores da iniciativa questionam a existência de um cemitério romano na Rua da Lavoura com 2 mil anos, a presença de um importante espólio funerário, a forma de estar dos homens e mulheres ali enterrados e as causas da sua morte.
Estas interrogações vão ser explicadas, no Museu da Rua do Sembrano, pelas 21 horas, pelo arqueólogo Miguel Serra e a antropóloga, Sónia Ferro.
Florival Baiôa, presidente da Associação para a Defesa do Património Cultural da Região de Beja, realça que esta é uma oportunidade para conhecer a História que se esconde por baixo da calçada que pisamos todos os dias.