O Chega considera que existe uma “contradição significativa” nas políticas ambientais europeias para o setor agrícola.
De acordo com o Chega, “enquanto os agricultores portugueses enfrentam regulamentos ambientais rigorosos, os produtos importados de países que não cumprem essas normas competem diretamente no mercado europeu, gerando uma disparidade que afeta não só a sustentabilidade económica dos produtores locais, mas também a eficácia global das políticas climáticas”.
Esta foi uma das matérias em cima da mesa em debates realizados pela distrital de Beja do Partido, concelhia e deputada do Chega eleita por Beja, dedicados ao tema da sustentabilidade, renovação geracional e defesa do setor primário, com ênfase em questões ambientais e económicas.
O Chega aponta para um “desnível competitivo que torna o trabalho dos agricultores portugueses ‘hercúleo’” e defende o debate sobre “a eficácia das políticas agrícolas da União Europeia (PAC) e sua capacidade de proteger os interesses dos agricultores nos Estados-membros”.
Numa nota enviada às redações, o Chega acrescenta que existe “uma tentativa de instrumentalização do discurso em defesa dos agricultores, como parte de uma agenda política mais ampla, embora seja legítimo que partidos políticos expressem apoio a setores específicos, sendo necessário avaliar se essas declarações se traduzem em ações concretas e propostas legislativas consistentes”.