A Concelhia de Beja do PS vem, em comunicado, acusar o vereador comunista, Vítor Picado de “faltar à verdade”, depois de ter anunciado “um hipotético aumento da tarifa de água de 40%, para os próximos anos determinado pela EMAS e pela CM Beja”.
Segundo o PS de Beja “torna-se imperativo desmentir, cabal e inequivocamente, estas afirmações, de interpretação errada, geradoras de alarme social e susceptíveis de fomentar instabilidade e medo em muitas famílias e empresas que, neste momento, atravessam situações difíceis”.
Ana Horta, da Concelhia Socialista frisa que “esta não é a primeira vez que o vereador Vítor Picado fata à verdade” e considera que tal sucede “ou por impreparação para analisar determinados documentos, ou por estar não informado, ou propositadamente para criar alarme social e tirar dividendos políticos, através da demagogia e do populismo”.
A socialista refere que o PS de Beja “não tolera que se usem argumentos que não são verdadeiros para reprovar, tanto na reunião da Câmara Municipal, como na reunião da Assembleia Municipal, o contrato de gestão de água entre a autarquia de Beja e a EMAS”.
“Se analisarmos o contrato”, diz Ana Horta, “nada indica um aumento do tarifário em 40%, em 5 anos” referindo que “nem sei onde é que o vereador foi tirar tal percentagem, uma vez que, o ajuste é de 2,4% ao ano, o que em cinco anos não são 40%, nem lá perto”.
Ana Horta realça que “o chumbo do contrato traz prejuízos adicionais ao impedir a transição da competência de limpeza e gestão das linhas de águas, tão importantes para as Juntas de Freguesia” e conclui que “na política não vale tudo e não pode ser pautada pela falta de verdade e pelo desnorte de alguns dos seus intervenientes”.
O vereador da CDU disse à Rádio Paz, que “estranha o foco no eleito Vítor Picado quando relativamente a esta matéria, o PS na Assembleia Municipal ficou isolado, com a abstenção do PSD e o voto contra da CDU, do BE e do Movimento Independente por São Matias”. Refuta igualmente a acusação do PS “de criar alarmismo social”.
Ainda de acordo com o comunicado do PS, “a reprovação na última Assembleia Municipal do contrato de gestão delegada, entre a CM de Beja e a EMAS, sem motivo plausível e com este tipo de argumentos, tem ainda o prejuízo adicional de impedir a transição da competência da limpeza e gestão das linhas de água em meios urbano, da CM de Beja para a EMAS, ampliando a capacidade de intervenção e a maximização dos recursos com natural benéficos para a segurança de pessoas e bens. Foi isso que o voto contra da CDU travou”.
Acrescenta que “tal como, em junho de 2019, travou mais um processo de desenvolvimento em áreas estratégias, interrompendo o processo de agregação das entidades gestoras ‘em baixa’ com a criação de uma empresa 100% pública, inviabilizando um investimento de 18 milhões de euros para o concelho de Beja e prejudicando todos os munícipes do concelho de Beja, impedindo a redução efetiva do preço da água”.