A Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB) contesta, em nota de imprensa, a alegada intenção da empresa de Alqueva em reduzir a área do bloco de rega previsto para um daqueles concelhos e os “sucessivos atrasos” da obra.
A CAMB refere, no comunicado, que “teve conhecimento da intenção” da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) de “reduzir para cerca de sete mil hectares, a área de implantação do bloco” de rega de Moura.
Isto “com a justificação de que a subida de custos associados à construção civil não permitirá a construção da área, inicialmente, prevista de 10 mil hectares”, a qual abrange “sobretudo, pequenas explorações, que constituem tecido essencial no contexto socioeconómico e produtivo da região”, indica.
Por isso, a CAMB manifesta “total desacordo” com a alegada “solução encontrada para um problema que, apenas, pode ser imputado aos sucessivos atrasos que a obra sofreu” e que resultaram “numa desatualização dos orçamentos considerados”.
Nesse sentido, a Cooperativa “questiona se, no futuro, novas subidas dos custos referidos resultarão em novos cortes nas áreas previstas”, no âmbito da expansão do regadio do Alqueva.
A CAMB solicita à EDIA e aos ministérios da Agricultura e das Finanças para considerarem “os argumentos expostos” e a procurarem “uma solução justa para os agricultores da região”.
Este bloco de rega de Moura “é essencial para a sustentabilidade do território e consequente inversão da tendência de desertificação, através da fixação de população”, destaca o documento.
Rádio Pax/ Lusa