A Câmara de Beja e o Conselho de Administração da CP reuniram-se esta semana.
No encontro foi discutida a qualidade do material circulante que liga Beja a Casa Branca e que provoca constantes atrasos e supressões de composições neste troço.
De acordo com a Câmara de Beja, “a CP garantiu que durante o 2º trimestre de 2019 conta ter a situação regularizada, repondo uma qualidade mínima de serviço que assegure, nomeadamente, pontualidade nos horários e fim de supressões de circulação de composições, através do reforço de unidades a operarem na linha que serve Beja”.
Segundo Paulo Arsénio, presidente da Câmara de Beja, a empresa vai reforçar o número de composições na região com a transferência de automotoras do norte do país para Beja.
A aquisição de 12 unidades bimodais vai avançar e permitirá ligações directas a Beja-Lisboa com ou sem electrificação da linha. Contudo, as mesmas só deverão chegar entre 2023 e 2024.
A Câmara de Beja “reitera os esforços para incluir a electrificação da linha entre Beja e Casa Branca no Plano Nacional de Investimentos 2030, insistindo junto da Administração Central para o conseguir”.
Paulo Arsénio realça que a questão da electrificação da linha não é uma matéria da competência da CP mas da Infra-estruturas de Portugal.
O autarca está consciente que será um processo moroso até porque não existe qualquer projecto elaborado.
O Plano Estratégico dos Transportes e Infra-estruturas 2014-2020 não contempla a electrificação e há quatro anos a REFER remetida para o período 2020-2050 a electrificação da linha até Beja.
Paulo Arsénio espera que este projecto fique assegurado no Plano Nacional de Investimentos 2030.