A porta da Escola Secundária de Aljustrel (Beja), esteve fechada a cadeado entre as 08h00 e as 10h00. Junto à entrada reuniram-se todos os Assistentes Operacionais do estabelecimento de ensino com vários panfletos que contestavam, principalmente, a falta de funcionários, o congelamento das carreiras e os baixos salários. A esta greve juntaram-se muitos professores, pais e elementos da direcção.
Uma escola com cerca de oitocentos alunos tem apenas 14 Assistentes Operacionais.
“Como não temos equipa de limpeza, a partir das 14 horas ficamos sem vigilância (na escola) porque temos que ir limpar as salas”, explica Fátima Torres, uma das Assistentes Operacionais que marcou presença na greve.
Também a professora Isabel Cavaco afirmou à Rádio Pax que todos os dias os funcionários se confrontam com trabalho acrescido e os problemas são cada vez mais. “Temos situações de miúdos do ensino especial, que carecem de uma vigilância mais apertada, mas, nestas condições, não conseguimos prestar”, esclarece a docente.
“Era urgente reparar o número de pessoas que tínhamos ao serviço. Houve saídas, houve funcionários que faleceram e nunca foram substituídos”, desabafa Maria Francisca, Assistente Operacional.
Durante grande parte da manhã os alunos não tiveram aulas.