O primeiro-ministro anunciou, ontem, o encerramento das escolas de todos os níveis de ensino durante 15 dias – com início esta sexta-feira – para tentar travar os contágios pelo novo coronavírus.
António Costa frisou, no final do Conselho de Ministros, que “a razão fundamental” para que as escolas encerrem, nas próximas duas semanas, e não se opte pelo ensino à distância, prende-se com o facto desta interrupção ser de curta duração e tenha a devida compensação no calendário escolar.
O governante disse que, “apesar do esforço que as escolas fizeram”, face à nova estirpe britânica e a velocidade que ela comporta, a decisão foi o encerramento das escolas.
“A interrupção de atividades letivas é, profundamente, danosa para o processo de aprendizagem”, sublinhou, afirmando que foi essa razão que o fez evitar, até ao limite, o encerramento das escolas.
António Costa voltou a reafirmar que as escolas “não são nem foram o principal foco de transmissão, nem são nem foram o principal local de transmissão”.
À semelhança do confinamento de março, os pais vão ter as faltas justificadas ao trabalho – se não estiverem em teletrabalho – e apoios que correspondem a 66% do vencimento e algumas escolas continuarão abertas, para acolher filhos de trabalhadores essenciais com 12 ou mais anos.
Além das escolas, o primeiro-ministro anunciou mais duas medidas: encerramento das lojas do cidadão, mantendo-se apenas o atendimento por marcação noutros serviços públicos e a suspensão dos prazos de todos os processos não urgentes nos tribunais.
António Costa esclareceu que as novas medidas vigoram pelos próximos 15 dias – embora, na próxima semana, haja uma reavaliação do Estado de Emergência que termina dia 30 – sendo depois reavaliadas.
Rádio Pax/Lusa