A AAAF- Associação Ambiental dos Amigos das Fortes vem em nota de imprensa manifestar aquela que diz ser a sua “insatisfação e indignação face ao comportamento e à falta de palavra da administração [da fábrica de secagem de bagaço de azeitona, em Fortes, no concelho de Ferreira do Alentejo] no que diz respeito à interrupção da laboração da queima de bagaço entre os meses de Abril e Setembro. O compromisso havia sido transmitido pelos próprios em reunião a 7 de Novembro de 2018”.
Nessa reunião, a Associação reafirmou a “necessidade de ver cumprida a legislação ambiental e melhorada a qualidade do ar e sua monitorização (…) que até ao momento não se verificou”.
No documento, a Associação refere que durante o debate de urgência na Assembleia da República, o Ministro da Agricultura, Capoulas Santos, admitiu que “a poluição industrial de duas ou três unidades agrícolas no Alentejo (…) é uma questão de natureza ambiental e se as regras não são cumpridas, as fábricas no mínimo têm de ser encerradas (…)”.
Perante as declarações do ministro, a AAAF “quer saber o porquê de não haver medidas que determinem o encerramento das fábricas, ao invés de ficar apenas nas intenções de solidariedade que há mais de 10 anos, são dirigidas e que não resolvem o problema”.
As queixas da população persistem. A Associação Ambiental dos Amigos das Fortes tem apresentado e relatado aos diferentes responsáveis políticos os problemas sentidos.
Fátima Mourão, da Associação Ambiental dos Amigos das Fortes refere “que apresar das melhorias [na laboração], ainda não é suficiente para a população estar sossegada”.
Os moradores “continuam a ser fustigados por fumos e cheiros muito intensos”.
Fátima Mourão diz ainda que a AAAF tinha a indicação de que a “fábrica trabalharia sazonalmente, e que no final de Março pararia a laboração”.