A AZPO – Azeites de Portugal, detentora da fábrica de secagem de bagaço de azeitona, em Fortes, concelho de Ferreira do Alentejo, investiu 1,2 milhões de euros e está preparada para começar a laborar em meados de Outubro. O anúncio foi feito esta manhã nas instalações da própria fábrica durante um encontro com jornalistas.
Depois de algumas críticas, da parte dos moradores, devido ao impacto ambiental provocado pela refinaria, o IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação decidiu suspender a laboração da fábrica, por um prazo de 6 meses, devido a infrações.
Utilizando dinheiros próprios e sem recorrer a subsídios, a AZPO construiu um pavilhão para armazenar o bagaço de azeitona em pó, que antes se encontrava no exterior, provocando algumas poeiras. Segundo Nuno Carvalho, um dos administradores da fábrica, “esta foi a única medida exigida pelo IAPMEI”.
A AZPO – Azeites de Portugal não quis ficar por aí e decidiu substituir as duas chaminés da fábrica por uma única, com 40 metros de altura e dois metros de diâmetro, que vai permitir uma melhor dispersão das emissões da fábrica.
Nuno Carvalho destacou também o investimento feito na construção de um sistema de “transporte hermético de matéria-prima” e a “substituição do sistema de queima na própria caldeira”.
A empresa garante que está a “cumprir tudo em conformidade com o exigido na lei” e, com este investimento, vai garantir “melhor ambiente e mais desenvolvimento da região”.
No início de Outubro a fábrica fica a aguardar uma nova vistoria para comprovar que as sugestões solicitadas foram efectuadas.
A administração acredita estar a laborar plenamente em meados de Outubro.