Os herdeiros de família doadora do terreno do Carmelo do Sagrado Coração de Jesus, em Beja, pretendem pedir a reversão do espaço se as Irmãs Carmelitas não regressarem ao Mosteiro. A notícia é avançada pelo “Lidador Notícias (LN)”.
“Ou regressam as Irmãs Carmelitas ou a Diocese/Igreja devolve o Carmelo à nossa família. Ou fazem-no a bem ou fazem-no em tribunal”, avançou ao “Lidador Notícias” Francisco Cruz Martins, um dos filhos do casal que doou o terreno.
O casal Maria Benedita e Francisco Cruz Martins, doou em 1963 o terreno de mais de um hectare e pagou parte da construção do mosteiro onde foi erguido o Carmelo, numa das entradas de Beja.
O Carmelo foi encerrado no mês passado devido ao reduzido número de religiosas.
Ao LN, Francisco Martins, advogado de profissão, assegurou que se trata de uma “doação pura e irrevogável às Irmãs Carmelitas da Antiga Observância do Carmelo do Sagrado Coração de Jesus”, acrescentando que a família “quer e vai cumprir os desígnios” dos seus pais.
O advogado garante que foi recebido pelo Bispo de Beja e que questionou o mesmo sobre esta situação. Posteriormente enviou uma carta que está sem resposta.
Francisco Martins deixou uma garantia ao LN: “não queremos um tostão daquele espaço. Se não for para as carmelitas, será destinado a uma obra de caridade. A Diocese/Igreja que fique ciente o terreno regressa à família a bem ou em tribunal”, garantiu.
O “Lidador Notícias” avança que “uma figura política de Beja” visitou o espaço, como intermediário, de um “poderoso” grupo turístico/imobiliário de Espanha, para construir um hotel de luxo. Algo que não será possível, segundo o LN, uma vez que existem limitações à construção de novos edifícios ou alteração dos existentes.
A Rádio Pax está a procurar uma reação do Bispo de Beja.
