As associações de regantes, representadas pela FENAREG, foram recebidas pela Ministra da Agricultura, numa audiência sobre o estudo «Regadio 20|30» onde, também, esteve presente a EDIA, entidade promotora deste diagnóstico sobre o potencial de regadio para a próxima década.
A FENAREG revela, em comunicado, que expressou a Maria do Céu Antunes, o seu apreço e concordância com as conclusões do estudo que identifica intenções de investimento em 134 mil hectares de novos regadios públicos, num valor de 1200 milhões de euros e na modernização das obras de rega existentes, num investimento de 786 milhões de euros.
“O estudo Regadio 20|30 é uma base de trabalho de extrema utilidade para a preparação do PEPAC- Plano Estratégico da Política Agrícola Comum e para a definição dos Planos de Gestão de Região Hidrográfica (PGRH) para o período 2022- 2027”, afirma José Núncio, presidente da FENAREG.
O responsável viu com muita satisfação que “grande parte das medidas identificadas no «Contributo para uma Estratégia Nacional para o Regadio 2050», apresentado pela FENAREG em 2019, constam no estudo do Ministério”.
Recorde-se que a Federação apresentou ao Governo, em junho de 2019, uma proposta de estratégia de longo prazo para o regadio público em Portugal, com um plano de ação a executar entre 2021-2027, estimando uma necessidade de investimento de 1.700 milhões de euros, com origem em diversos instrumentos financeiros europeus e nacionais.
Entre as conclusões do estudo Regadio 20|30 que põem em evidência a importância do regadio para a segurança e soberania alimentar nacional, a FENAREG destaca que “apenas 15% da superfície agrícola utilizável, em Portugal, é beneficiada por regadio. É necessário continuar a beneficiar as zonas carenciadas com o recurso água, fundamental à manutenção das atividades económicas sustentáveis em territórios rurais”.
“A integração dos regadios privados e de muito pequena dimensão em sistemas coletivos de rega será fulcral para a sua manutenção e competitividade, atendendo aos efeitos das alterações climáticas” é outra das conclusões sublinhada elos regantes.
O estudo Regadio 20|30 encontra-se em consulta pública até 14 de janeiro.