No âmbito de mais uma edição da Feira Nacional da Água e do Regadio, que decorre em Ferreira do Alentejo até segunda-feira, dia 26 de Junho, realizou-se na manhã desta sexta-feira, no Centro Cultural Manuel da Fonseca, uma reflexão sobre os temas “Os Desafios da Produção” e “Os Desafios da Comercialização” do azeite.
A iniciativa foi da autarquia, Casa do Azeite e Herdade do Sobrado com a colaboração e participação de destacados representantes do sector.
O presidente da Câmara de Ferreira, Aníbal Costa, fez a abertura das Jornadas começando por destacar a importância do regadio e a mais-valia do olival e da produção de azeite na economia do concelho de Ferreira do Alentejo. O autarca salientou ainda a evolução positiva que aconteceu nos últimos anos, na região, com a chegada da água de Alqueva.
Mariana Matos, da Casa do Azeite, sublinhou o aumento que houve em Portugal, nos últimos anos, em termos de produção e exportação de azeite e o impacto que tem na economia do país. “O Alentejo já faz 75% da produção nacional”, referiu a especialista. “Em segundo lugar encontra-se Trás-os-Montes com 12% da produção no país”, acrescentou.
Como tornar rentável os quase 80% de área de olival tradicional foi uma das principais questões abordadas nas jornadas. Atendendo, principalmente, aos elevados custos de produção, o futuro do olival tradicional é sempre motivo de discussão e controvérsia. Uma ideia foi consensual: nos moldes actuais, o olival tradicional enquanto olival produtor de azeitona para azeite, não é rentável.
Por outro lado e apesar da concorrência de novas culturas como a amêndoa e outras, uma ideia que ficou bem vincada nestas jornadas que começaram às 09:30 e terminaram por volta das 13:30 horas, foi o facto dos novos olivais aumentarem nos próximos anos “porque continuam a ser rentáveis”.