Até Julho estão agendados concertos em algumas das “mais importantes” igrejas da Diocese de Beja, refere a organização. Música, património e biodiversidade dão o mote a uma “temporada que marca bem a diferença de um território com características culturais muito próprias”, acrescenta ainda o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja.
José António Falcão, director geral do Festival Terras Sem Sombra, tem “altas” expectativas para esta edição. O mesmo responsável refere que a programação é “de grande qualidade” e os espectáculos contam com “grandes interpretes”. José António Falcão diz que o Festival atrai “muitos espectadores” de diferentes pontos do país, de Espanha e até de outros países.
A Igreja Matriz de Santo Ildefonso, em Almodôvar, recebe, esta noite, às 21h30, o concerto inaugural do Festival intitulado “Arquitecturas do Espírito.” Este é um programa dedicado a Mozart, Takemitsu e Pergolesi interpretado pela soprano Raquel Alão, pela mezzosoprano Marifé Nogales e pela orquestra de cordas Concerto Moderno, sob a batuta de César Viana.
José António Falcão considera que o primeiro concerto é sempre “um momento alto” do Festival. “É um ponto de arranque que acaba por marcar o tónus de todo o ciclo de concertos e das actividades que se vão desenvolver ao longos dos meses”, acrescenta o director geral do Festival Terras Sem Sombra.
Amanhã, pelas 10h30, músicos e membros da comunidade local trabalharão na preservação da Ribeira do Vascão, recentemente classificada como Sítio RAMSAR Zona Húmida de Importância Internacional. A iniciativa tem como objectivo “dinamizar a conservação dos ecossistemas ribeirinhos deste afluente do Guadiana, mas incidirá também nos recursos silvestres da bacia do Mediterrâneo, entre eles o mel e as plantas aromáticas e medicinais” afirma a organização.