A mulher de 58 anos foi operada à clavícula direita no dia 21 de Abril de 2015, quando saiu da sala de operações a dentadura, que tinha deixado no quarto, tinha desaparecido. Passaram dez meses e a Administração do Hospital de Beja ainda não solucionou a situação.
Ana Santos nem queria acreditar que a prótese dentária tinha desaparecido do quarto onde estava internada, no Hospital de Beja.
O sumiço deu-se quando a mulher, residente em Cabeça Gorda, concelho de Beja, foi para a sala de operações ser submetida a uma intervenção cirúrgica à clavícula direita. Dentro da gaveta da mesinha de cabeceira deixou os lenços, o telemóvel, os óculos e a prótese.
“Quando regressei da operação pedi ao meu marido para me dar a dentadura. Ele disse-me que estavam todos os meus bens menos os dentes”, explicou à Rádio Pax, Ana Santos que, devido à falta dos dentes, não quis ser fotografada. “Devem ter andado a fazer limpeza e jogaram para o lixo. Não acredito que alguém me tivesse roubado os dentes”, justifica a mulher com um sorriso tímido tapado com a mão.
Francisco Horta Santos, marido de Ana Santos, foi com a nora, junto da administração do hospital, dar conhecimento da situação. “Disseram-me que iria ser aberto um processo interno para apurar responsabilidades do desaparecimento da prótese, só que já passaram dez meses e até ao momento não resolveram nada. Onde está a responsabilidade deste hospital”, questiona o homem.
Ana Santos garante que a prótese lhe faz toda a falta e que não tem 300 euros para comprar outra.
À Rádio Pax, o hospital diz que foi aberto um processo interno para apurar responsabilidades, que ainda decorre.