É mais um caso de alegada escravidão, desta vez detectado em Portel, Évora, na passada terça-feira.
O homem, de 64 anos, era vítima de exploração laboral e vivia numa casa sem possuir as mínimas condições de habitabilidade, alegadamente cedida pela entidade patronal.
A vítima não recebia qualquer vencimento, “sendo-lhe apenas disponibilizada, esporadicamente, alimentação enlatada e vinho”, revelou a GNR.
De acordo com a mesma fonte, “devido a um acidente de viação, que envolveu o atropelamento de um caprino, foi solicitada a comparência dos militares da GNR, que no processo de identificação dos intervenientes, condutor e proprietário da ovelha, constataram que este último era pastor e estaria a trabalhar numa exploração agrícola, o qual não era detentor de documento de identificação, que alegadamente estava retido pelo patrão.”
Os militares transportaram a vítima para o Posto Territorial de Portel, fornecerem-lhe uma refeição e posteriormente foi encaminhado para uma instituição de acolhimento, onde se encontra a receber tratamento.
O proprietário da exploração agrícola foi identificado e o caso remetido para o Ministério Público.
