Gonçalo Valente, deputado do PSD eleito por Beja, considera, em comunicado, que foi “vítima de um ataque vil, cobarde e hipócrita” por parte da Distrital de Beja do Chega.
A reação de Gonçalo Valente surge depois de Mário Cavaco, presidente da Distrital de Beja do Chega, ter acusado o deputado do PSD de conflito de interesses por ter participação numa imobiliária.
Recorde-se que Mário Cavaco demonstrou, esta semana, “o seu profundo desagrado face às recentes informações que confirmam o interesse de Gonçalo Valente,” deputado do PSD eleito por Beja, “em processos de expropriação de terrenos e infraestruturas, fundamentados na nova Lei dos Solos”.
Gonçalo Valente afirma que “a tentativa de colar” a Lei dos Solos “a um suposto favorecimento pessoal de alguns deputados não passa de uma manobra de distração promovida pelo Chega, num esforço para esconder os sucessivos casos graves que têm envolvido alguns dos seus militantes”.
O deputado diz, também, que “a ligação ou intervenção” que teve ou tem “na lei dos solos é a mesma que o Chega tem ou teve, quando a votou favoravelmente na generalidade ao lado da AD”.
Gonçalo Valente adianta que “é, particularmente, irónica a acusação de Mário Cavaco, “quando ele próprio é agente imobiliário, detentor de cargos políticos, na administração local e com claras ambições políticas locais”.
“A pele de lobo que eu visto é a da A26, da ampliação e reabilitação do Hospital de Beja, do abastecimento público na Freguesia de Espírito Santo, do Bloco de Rega de Moura, da valorização do caroço de azeitona e tudo isto em apenas 10 meses”, frisa Gonçalo Valente.
A Distrital de Beja do PSD, também, já reagiu à acusação do presidente do Chega de Beja, demonstrando, em comunicado, “o seu total repúdio” perante “acusações sem fundamento”.
O comunicado enviado às redações realça que Mário Cavaco utiliza “uma política baixa para fins pessoais, numa tentativa de desinformar a população”.
Além disso, a Distrital de Beja do PSD desafia Mário Cavaco “a demonstrar, claramente, que o seu envolvimento no setor imobiliário não representa um conflito de interesses, especialmente, tendo em vista a sua candidatura à Câmara de Serpa”.
A Comissão Política Distrital de Beja do PSD exige, ainda, “uma retratação do presidente da Distrital do Chega e convida o mesmo a pedir desculpas públicas ao deputado Gonçalo Valente e ao Distrito de Beja por este tipo de comportamento inaceitável”.