Carlos Graça, subdiretor da Unidade Local do Litoral e Baixo Alentejo da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), afirma que “há de tudo. Há empresas que têm uma responsabilidade social digna de registo. Mas há também, infelizmente, muita coisa mal”.
Nas palavras do subdiretor da Unidade Local do Litoral e Baixo Alentejo da Autoridade para as Condições do Trabalho “há situações de exploração humana e de tráfico [de seres humanos]” no Alentejo.
“O fenómeno tem várias nuances e só a articulação entre várias entidades permite ter o controlo do fenómeno”, adiantou Carlos Graça.
O responsável pela ACT na região falava numa reunião promovida pela Câmara de Vidigueira. O município juntou várias entidades para debater este problema. Manuel Narra, presidente da Câmara, não quer ver o concelho envolvido em situações como as verificadas na última campanha de apanha da azeitona.
“É uma vergonha para todos nós o que se passou em Pedrógão do Alentejo e em Vidigueira com oitenta, noventa, cem pessoas dentro de uma oficina ou trinta pessoas dentro de um apartamento”, em condições deploráveis.
O município quer criar um “plano de acção” para que em Outubro, altura em que se inicia um pico da imigração, não se repitam os problemas verificados.