“Imigração é a solução para potenciar o desenvolvimento da região” diz João Paulo Ramôa

A eletrificação da ferrovia, a conclusão do IP8 e o aproveitamento do aeroporto de Beja “são investimentos fundamentais para a região”, mas “não são estruturantes”.

A opinião foi deixada à Rádio Pax por João Paulo Ramôa, durante o programa “Visão dos Tempos”.

Para o comentador, “quando se fala em desenvolvimento do Baixo Alentejo fala-se, sempre, nos três pilares que parece que são os únicos que vão levar ao desenvolvimento: comboio, IP8 e aeroporto”.

Em seu entender, o “comboio é um investimento necessário para a região”, e, por isso, seria importante que se deixasse de “ter a cangalheira que serve Beja, capital de distrito”. Apesar disso, João Paulo Ramôa diz “não” ser “estruturante”.

Nada “estruturante” é, também, na opinião do comentador, “a auto estrada ou IP8, com variantes a Beringel e Figueira dos Cavaleiros”. “No entanto”, diz “é justo para o distrito e para Beja”.

No que diz respeito ao aeroporto, “seria rentável para a região, mas não é um projeto estruturante”.

Para João Paulo Ramôa “estruturante foi o projeto de Alqueva, nas suas diversas áreas e vertentes. Embora não tenha tido o impacto que se esperava, mas no que diz respeito à mão de obra, está sempre relacionada com os imigrantes”.

O comentador defende que é “preciso fazer a integração destas pessoas” e dar-lhes “condições” de vida “totalmente dignas e não continuarmos a assistir à “chafurdice” em que vivem.

Segundo João Paulo Ramôa, “o que andamos a fazer é escravatura às nossas portas”, enquanto “olhamos para o lado”.

O comentador defende que “precisamos imenso” dessas pessoas, “porque se encontrarem, aqui um sítio para viver, imediatamente trazem as suas famílias, e invertem a desertificação, a que continuamos a assistir”.

Em seu entender, a “integração da imigração é a solução para potenciar o grande projeto estruturante na região, que é o Alqueva”.