Numa altura em que muito se tem falado dos direitos dos trabalhadores imigrantes e na integração dessas pessoas, o Observatório do Baixo Alentejo (OBA) entende que “aquilo que muitos vêem como um problema, deve ser encarado como uma solução para a região”.
O OBA defende que “a integração destas pessoas e comunidades vai fortalecer” o Alentejo “no futuro”, algo que contribuirá para o “repovoamento dos territórios de baixa densidade”.
Jorge Barnabé, presidente do Observatório considera que a integração dos imigrantes “é um fator muito importante para o desenvolvimento da região”.
Em seu entender, o Alentejo “precisa destas pessoas, dos seus conhecimentos e da sua capacidade de trabalho”.
O presidente considera que é importante que a “fixação cumpra todas as regras e critérios de um Estado democrático, de direito e da preservação da dignidade humana”.
Jorge Barnabé defende ainda que é preciso olhar para “este problema não apenas na perspetiva da legalização das pessoas”, mas sim, “numa lógica mais ampla do desenvolvimento da região”, onde se inserem as “questões relacionadas com a habitação e o acesso à educação e à saúde”.
Nos últimos seis meses, o Observatório do Baixo Alentejo tem estado a trabalhar na identificação destas comunidades, isto é, “quantos são, quais são as suas características e quais são os imigrantes que querem fixar-se na região e trazer as suas famílias”.