O Instituto refere que o mês passado caracterizou-se, em termos meteorológicos, como “muito seco, tendo registado o valor médio de precipitação mais baixo dos últimos dezoito anos (17,6 mm)”. Assim, regista-se um aumento significativo da extensão e da intensidade da seca meteorológica, estando já classificada como severa em algumas zonas do interior Norte e Alentejo.
“O desenvolvimento vegetativo dos prados, pastagens e culturas forrageiras tem sido muito irregular”, acrescenta a mesma fonte. A falta de precipitação registada desde o início do inverno não permitiu a produção de matéria verde dentro dos parâmetros considerados normais. Muitos produtores estão a alimentar os animais com palhas, rações e fenos.
As sementeiras dos cereais de outono/inverno terminaram no início de Março, sem registo de dificuldades. A área de cevada deverá manter-se próxima dos 17 mil hectares.
O INE sublinha que de um modo geral, a germinação dos cereais de outono/inverno decorreu bem, assegurando populações produtivas suficientes. Contudo, a ausência de precipitação tem limitado o desenvolvimento vegetativo destas culturas, situação que, a manter-se, poderá alterar o nível de produtividade previsto. As previsões do INE apontam para a manutenção, face a 2014, do rendimento unitário no trigo (mole e duro) e no centeio, e para um aumento de 5% no triticale e na aveia.