As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 28 de Fevereiro, apontam para uma “produção histórica de azeite, que deverá ultrapassar os 1,3 milhões de hectolitros, maioritariamente com baixo teor de acidez e boas características organolépticas”.
Segundo a mesma fonte, “os olivais de sequeiro registaram, após a precipitação de Outubro, alguma recuperação da produtividade e do rendimento em azeite, confirmando as características de adaptação das variedades tradicionais (nomeadamente da Galega) aos períodos de seca relativamente frequentes nos climas mediterrânicos”.
No que diz respeito aos cereais Outono/Inverno, a seca limitou a produção. A dificuldade de realizar as sementeiras e o risco associado da instalação das culturas num quadro de escassez de água conduziram a uma diminuição generalizada da área de cereais, face à anterior campanha, que se estima em 5% no centeio, 10% na cevada, 15% no trigo mole e triticale e 20% no trigo duro.
O INE realça que “no final de Fevereiro, o teor de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, registou valores acima dos 80% nas regiões do litoral Norte e Centro. Nas restantes regiões, os valores de percentagem de água no solo variavam em geral entre 20% e 60%, à excepção de alguns locais do Baixo Alentejo, onde ainda se observavam valores inferiores a 20%”.