João Dias: Não é ao PCP a quem o PS falta é a todo o povo alentejano.

Esta semana será decretado pelo Presidente da República a dissolução do Parlamento, será a 8ª vez que isso acontece na história da democracia Portuguesa. Todos os presidentes que antecederam Marcelo Rebelo de Sousa dissolveram o parlamento,já mais Marcelo poderia ficar com essa falta no seu currículo!

Mas Marcelo só leva essa “medalha” na lapela porque Costa e o seu Governo assim quiseram!

Sim, porqueCosta quis! A prova disso resulta desde logo porque o Governo e o PS nunca vieram a publico manifestar a sua discordância com a atitude de Marcelo em condicionar o entendimento entre PCP e Governo. Mais, perante um chumbo do orçamento nada obrigava a eleições, mas sim à apresentação de um novo orçamento, mais uma vez o PS também não veio assumir essa opção. Fica muito claro que Costa enquanto primeiro ministro ambicionando a maioria absoluta preferiu ir para eleições, não preocupado com o que é melhor para a população, mas sim buscando ganhos políticos, partidários e pessoais.

O PS e o Governo conheciam muito bem as condições e a disponibilidade do PCP para se encontrar uma solução que evitasse o chumbo do orçamento. Enquanto o PCP estava preocupado com as condições de vida dos trabalhadores das Micro, pequenas e médias empresas, enquanto o PCP estava preocupado com quem ganha 600 euros de salário, com quem ganha 300 euros de reforma, com quem precisa de médico e nem sequer tem médico de família, enquanto o PCP estava preocupado em responder a tantos e tantos outros problemas, oPS por seu lado aproveitou a crise criada, anunciada e provocada por Marcelo para se libertar das exigências e compromissos à sua esquerda.

O PCP esteve neste Orçamento como sempre esteve preocupado em melhorar e elevar os padrões de vida do povo Português, como sempre o PCP nunca faltou aos seus compromissos.

Com a dissolução da Assembleia da República não é ao PCP que o PS falha, é aos trabalhadores, às Micro pequena e médias e às soluções de uma política de esquerda que sirva os trabalhadores e os seus direitos e ao desenvolvimento económico e social.

E no distrito de Beja temos assistido aos eleitos do PS, quer na Assembleia da República quer nas autarquias à mais preocupante subserviência que tem conduzido o nosso distrito a uma morte anunciada contra a qual tem valido os eleitos da CDU e o Deputado do PCP eleito pelo distrito de Beja que incansavelmente insistem em apresentar e lutar pelas soluções que o distrito e a população tanto ambicionam e merecem.

O PS não se cansa de dar o dito por não dito, de prometer antes das eleições e não cumprir uma vez no poder. Mais uma vez não é ao PCP a quem o PS falta é a todo um povo Alentejano que volta a ver o PS falhar-lhes! A todos os que resistem num Alentejo esquecido a mensagem que lhes deixamos é a de que a nossa luta continua.

João Dias

Deputado do PCP