Após a expropriação na década de 70, a herdade foi dividida em 118 parcelas e entregue aos trabalhadores, mediante o pagamento de uma renda ao Estado. Os agricultores já propuseram ao Estado a compra das terras mas não obtiveram qualquer resposta. O antigo Ministro da Agricultura, Capoulas Santos, abriu a possibilidade do antigo proprietário receber as parcelas que iam vagando por morte ou entrega dos arrendatários. O procedimento tem sido seguido pelos sucessivos governos.
De acordo com o PCP “neste momento restam cerca de 60 rendeiros que estão a ser alvo de pressão através da oferta de dinheiro para deixarem as parcelas que serão posteriormente entregues ao antigo proprietário”.
João Ramos questionou o ministério sobre a legitimidade da pressão e a razão por que não são colocadas na Bolsa de Terras as parcelas que vagam. Por outro lado, o parlamentar pergunta se o ministério está disponível para proceder ao processo de arrendamento aos filhos dos actuais arrendatários, de modo a permitir o acesso de jovens agricultores. O deputado quer ainda apurar se do processo de fiscalização anual são elaborados relatórios e, em caso afirmativo, solicita o envio dos referentes aos últimos 3 anos.