Existem alguns investimentos do Baixo Alentejo que são estruturantes para o Município de Alvito. Destacam-se o Aeroporto de Beja (a funcionar na sua plenitude) e a eletrificação da linha Ferroviária Beja – Alvito – Casa Branca (destino Lisboa).
Por um lado, a região do Baixo Alentejo já tem o Aeroporto de Beja devidamente equipado para poder dar resposta nos transportes aéreos. Por outro, já temos a garantia que vão ser gastos 80,6 M€, através do ALENTEJO 2030 – Programa Operacional Regional do Alentejo 2030, para a remodelação e eletrificação da linha Ferroviária de Beja que liga a Lisboa.
Estes dois grandes investimentos são decisivos para a grande ambição que o Município de Alvito tem para a futura criação do «Agro SmartPark de Alvito», onde queremos receber empresas Agro-industriais. Este projeto tem como principal objetivo o acolhimento de empresas que têm como atividade a transformação de produtos agrícolas, oriundos da zona do Alqueva e região envolvente.
Na minha modesta opinião, apostar no Aeroporto de Beja é decisivo, e se for complementar ao Aeroporto Humberto Delgado (Lisboa), muito melhor.
E para cumprir esse objeto, a aposta no investimento na ferrovia que liga Beja a Lisboa, nomeadamente na eletrificação da linha e no desenvolvimento do Alfa Pendular, para que as deslocações se tornem mais rápidas, apetecíveis e confortáveis, é claramente decisiva para o nosso sucesso.
Apostar no interior, apostar nos territórios de baixa densidade, na prática, apostar na coesão territorial, deveria ser matéria de consenso. Porquê apostar no Aeroporto de Beja? Porque acredito na aposta no interior. Na aposta na coesão territorial. Porque acredito no nosso Alentejo.
Nesse sentido, deve ser dada prioridade ao Aeroporto de Beja e nas respetivas ligações (mais rápidas) a Lisboa. Apostar no Aeroporto de Beja será, sem dúvida alguma, um excelente contributo para promover o desenvolvimento da região e para potenciar a empregabilidade.
Este aeroporto pode ser muito importante para o País (essencialmente para as companhias lowcost, estacionamento e reparações de aviões), complementado com uma ferrovia ajustada a uma nova realidade, e vai permitir, certamente, um salto qualitativo do Baixo Alentejo. Acredito que os investimentos a concretizar são claramente diminutos e facilmente exequíveis. São intervenções financiadas com base em fundos comunitários, com apoios a 85% a subsídio não reembolsável (fundo perdido).
Estas infraestruturas a funcionar na sua plenitude vão fazer toda a diferença na nossa região. Duas grandes alavancas para o desenvolvimento regional. É nisso que acredito.
José Manuel Efigénio
Presidente da Câmara Municipal de Alvito